domingo, 9 de janeiro de 2011

DIA -120: The one

Faltam 120 dias para o Titan Desert.

Hoje participei na primeira "maratona" de BTT deste ano. E coloquei 'maratona' entre aspas porque 47km de extensão não poderei considerar bem uma maratona. Chamemos os Trilhos de Pontével.
Ansiei pelo dia de hoje, primeiro porque faz quase um mês que não participava numa maratona - Challenge BTT Portugal (Salvaterra Magos) e depois porque recebi há 2 dias a Cannondale Scalpel Ultimate, e estava desejoso de a experimentar.

O despertador tocou às 6h30, o pequeno-almoço foi o habitual nos dias das maratonas - cereais integrais com iogurte natural e frutos vermelhos, uma torrada de pão escuro com manteiga e um café.
Por volta das 8h30 já estava em Pontével para levantar o frontal e as ofertas - uma t-shirt, um porta-chaves em pele e uma caneca de barro. Em seguida dei uma pequena volta na Scalpel para ver se estava com as medidas certas. Recorde-se que ainda não tinha andado com ela (erro, eu sei!). Tive que baixar um pouco a ponta do selim e subi-lo um pouco. De resto, tudo impecável. Um Extreme Gel no bolso, um bidão de Goldrink Premium e em direção á linha de partida.

Ás 9h35, ouviu-se o apito de partida para os cerca de 450 participantes do VII Trilhos de Pontével, este ano a homenagear Marco Chagas, ciclista vencedor de 4 Voltas a Portugal e natural desta vila.
Depois do que choveu estes últimos dias, imaginei que a maratona de hoje iria ser bastante complicada, com muita lama e água. Mas espanto meu, nem por isso! O percurso foi muito bem escolhido e apesar de haver alguma lama, nunca precisei de desmontar da Scalpel.
À semelhança da última prova de BTT que participei - Challenge BTT a 12 de Dezembro - não demorei muitos minutos a passar para a frente e impor um ritmo forte e que eu sabia que podia aguentar durante todo o percurso. Ritmo este a rondar as 170-175 pulsações por minuto. No fundo serviu para testar de novo o ponto de situação da minha forma física. E sinceramente não imaginei que iria me sentir tão bem como me senti. Nunca tive quebras de ritmo, apenas nas subidas mais íngremes sinto que ainda me falta potência muscular, mas que é normal, já que estou apenas no início da minha preparação física.

Percorri os 46,5km com 750 metros de subida acumulada, em 1h40 - RELATÓRIO GARMIN - média de 27,8km/h, o que pode ser considerada boa, face às condições do terreno. Uma situação engraçada, foi que num dos postos de controlo, quando passei ainda não havia ninguém para "picar" os frontais. No final, um dos elementos da organização disse-me que não estava previsto alguém passar lá tão cedo :)

Classificação AQUI»»

Quanto à Cannondale Scalpel Ultimate, apenas uma palavra - ESPECTACULAR!
No ano 2009, andei com uma Scott Spark (suspensão total). Gostei bastante, sobretudo dava-me muita confiança a descer e era muito confortável. Mas não era muito competitiva. A rolar e a subir, sentia-se torção no quadro, e também demorava um pouco a responder nos arranques mais fortes. Por esta razão, em 2010 preferi andar com uma rígida - Corratec. Esta pelo contrário, não torcia absolutamente nada, sentia-se bem a potência aplicada na pedalada. Mas a descer era um "pau". Para os puros betetistas, isto não será problema. Mas para alguém que vem da estrada, que não tem muita técnica a descer e inclusive alguma falta de confiança, que é o meu caso, é um problema. A subir e em plano ganhava terreno com esta bike, mas depois a descer perdia possivelmente o dobro do tempo. Em Outubro do ano passado quando me emprestaram uma Cannondale Flash (rígida) para experimentar, concluí que afinal há bicicletas rígidas e ...bicicletas rígidas. A Flash é das rígidas mais confortáveis que conheço, e ao  mesmo tempo é recordista do baixo peso. Pensei que seria esta a bicicleta perfeita para mim. Mas hoje já fiquei na dúvida! A Scalpel com apenas mais 500 gramas que a Flash, consegue o melhor de dois mundos. Muito precisa e eficaz em subida e plano, e muito segura de si em descida. É uma bicicleta bastante competitiva. Recorde-se que estamos a falar de duas bicicletas com um preço muito semelhante e que não é factor decisivo na escolha.

Até ao dia de hoje eu dizia que para a maioria das maratonas nacionais, uma bike de suspensão total não se justifica e uma rígida é mais que suficiente. Mas depois de ter experimentado a Scalpel, passo a dizer que, por mais 500 gramas prefiro andar com uma suspensão total na maioria das maratonas nacionais, e deixo a rígida - Flash - para as maratonas em que o factor peso seja primordial. O que não são muitas cá em Portugal. Possivelmente o GeoRaid da Serra da Estrela e pouco mais. Para além desta o Transalp também justifica as menos 500 gramas da Flash.

A maratona de hoje soube a pouco, a minha vontade era fazer mais 2-3 horas para desfrutar ao máximo da Scalpel. Agora só vou ter nova oportunidade no próximo Domingo, no Arruda-Montejunto-Arruda. Aqui sim! Vão ser mais de 5 horas, com subidas e descidas longas e todo o tipo de terreno :) Nunca mais chega Domingo!!
De forma resumida: A Cannondale Scalpel Ultimate é a "The One". A bicicleta perfeita para mim :)




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