domingo, 6 de março de 2011

DIA -64: GOSTEI E...NÃO GOSTEI

No Sábado foi o dia do encontro MEO TEAM com os 5 finalistas do passatempo "O 8º Elemento".
De manhã fizemos um passeio de BTT. Estava previsto pedalarmos 62km, mas devido aos atrasos da partida e uma avaria na bicicleta do Marco Chagas, a volta deu apenas 30km.
Em seguida algumas fotos para o Jornal de Notícias e por volta das 15h00, finalmente, foi a  vez do almoço de confraternização.
Depois de termos convivido este dia com os 5 finalistas, só posso dizer que não vai ser tarefa fácil escolher apenas um para integrar a MEO TEAM!

Após o almoço, rumámos (a familia Gamito e mais alguns elementos da Meo Team) em direcção à Serra da Estrela, mais propriamente ao restaurante Museu do Pão, em Seia. Como escrevi ontem no Twitter, foi comer até cair de cu! Hihi. Para ser sincero até fiquei mal disposto!
Terminámos o dia no Hotel Arganil, para no manhã seguinte participar na Maratona Serra do Açor. O ano passado já estive presente neste evento e adorei o percurso, a paisagem e a hospitalidade da organização. Prometi que voltava, e este ano voltei.

Curiosa a oferta do chouriço no saco dos participantes.
Será que alguém levou-o como abastecimento para a maratona?
O percurso do ano passado já tinha sido bastante duro, com subidas longas e descidas de cortar a respiração. Mas este ano a organização conseguiu endurecer a prova ainda mais. À ementa das subidas longas e descidas de cortar a respiração, acrescentaram ainda single-tracks bastante técnicos, alguns deles até perigosos em que bastava um pequeno descuido ou um desequilibro para o lado errado, e a queda seria feia. Aliás, hoje o S.Pedro até ajudou à festa e não nos enviou chuva, porque se tivesse chovido não como iríamos conseguir atravessar alguns single-tracks de pedra polida e com ravinas à espreita de algum betetista mais aventureiro. Aventureiro é coisa que eu não sou, pelo menos no BTT, e por várias vezes optei por desmontar da bicicleta para transpor certos obstáculos em pedra ou mesmo drops. Nestas alturas, tentava ver o lado positivo e dizia a mim mesmo em jeito de desculpa pela pouca habilidade: "Faz bem, de vez em quando, carregar com a bike, pois no Titan Desert vais ter que fazê-lo algumas vezes."



Apontando o que GOSTEI e o que NÃO GOSTEI desta maratona e da minha prestação:

GOSTEI
  1. Da minha forma física actual - na saída rápida, nas subidas longas, no plano e sem quebras de energia em todo percurso. Mesmo sem treino anaeróbio, consegui seguir o ritmo dos dois homens da frente, e que seguramente vão ser 2 homens que irão disputar a vitória na Taça de Portugal de XCM. Inclusive ainda dei uma pequena ajuda numa das subidas mais longas da maratona. Muito bom mesmo, quando ainda faltam 2 meses para o Titan;
  2. Do comportamento da Cannondale Flash - Muito boa para este tipo de percurso! O seu baixo peso, a rigidez aliada ao conforto, a eficácia da suspensão Lefty. Não podia pedir mais;
  3. Das paisagens espectaculares da Serra do Açor - Aldeias centenárias em pedra, vista do alto da serra, matas verdejantes, ...
  4. Da simpatia e hospitalidade do Clube Arganil BTT Serra do Açor e qualidade geral da maratona. O almoço também estava 5 estrelas;
  5. Da dureza do percurso - mesmo ideal para testar a forma física actual e ao mesmo tempo treinar a técnica, coisa que bem preciso e que tenho que dar mais atenção.
NÃO GOSTEI
  1. De ter partido a corrente duas vezes! - o ano passado já tinha partido a corrente nesta maratona. Este ano bati o recorde e parti duas vezes. A primeira quando ia na frente com mais dois atletas - Bruno Almeida e Ruben Almeida. Depois de consertar a corrente com um elo de engate, desanimei e fui mais devagar, mas entretanto comecei a aumentar o ritmo e a passar de novo por atletas, quando já ia de novo a um ritmo interessante, parto de novo a corrente, como já não tinha elos de engate sou obrigado a arranjar a corrente de uma forma mais artesanal. Ficou em condições de chegar ao fim dos 75km, mas perdi bastante tempo nesta manobra. Desde aí aproveitei e foi a desfrutar a paisagem :)
  2. De alguns single-tracks bastante perigosos. Se estivesse de chuva iria haver acidentes;
  3. Da minha prestação nas zonas mais técnicas. Muito mau mesmo! Quando ia com os 2 atletas da frente, e que acabaram por chegar nos 2 primeiros lugares, chegava ao ponto de perder-lhes o rasto nas descidas em single track e depois ter que fazer um esforço acrescido nas subidas para os voltar a alcançar. Isto é dispêndio de energia desnecessária! Tenho obrigatoriamente que perder o medo, melhorar a técnica em single-tracks, drops e descidas muito inclinadas. Só há uma solução: treinar, treinar, treinar. De preferência depois de beber 2-3 shots de vodca, para perder o medo :)
  4.  

    Ainda não sei ao certo a minha classificação, mas isto é o menos importante. Foram 76km em 3h47 (fora as paragens por avaria), com 2.500mts de desnível. Foi muito bom para testar, para treinar sobretudo as subidas longas e a técnica...e a arranjar correntes :)

    Track GARMIN desta maratona AQUI»»

    3 comentários:

    1. Pela analise feita sobre os singles perigosos e com escarpas com trilhos que dão vistas para o abismo na minha opinião só tens que olhar para a frente e observando os calhaus que se vão meter na tua frente pedalas forte encostando para o braço que não dá para o abismo ou vais a pé o que por vezes é o mais sensato.
      Tens que pedalar mais nas montanhas para teres as "rodas de uma cabra montêz" ou seja adaptas ao terreno. Isso de pedalar em terrenos planos é porreiro mas...
      Um abraço e força campeão

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    2. POis Paulo, a pé era o que eu fazia ;)

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    3. Para quem é um bocadinho mais radical, aquilo até que dava um certo gozo :)
      Mas sim, é verdade que haviam zonas demasiado perigosas. Felizmente ninguém se magoou aí.
      Obrigado pelo exemplo Vitor, e bons treinos para a Titan!

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