Terminou a minha primeira grande aventura em BTT. Foram 6 dias de prova e mais 3 de viagens e preparativos bastantes cansativos.
A minha participação nesta aventura quase dava para escrever um livro, mas vou tentar resumir em dois ou três textos. Aqui vai o primeiro.
A minha participação nesta aventura quase dava para escrever um livro, mas vou tentar resumir em dois ou três textos. Aqui vai o primeiro.
Meo Team |
Não foi propositado, mas se calhar comecei logo pela prova de BTT mais dura do mundo. E esta dureza não se deve unicamente ao tipo de percurso e quilometragem das etapas, mas sobretudo às restantes horas do dia que passámos sem a bicicleta em que, o que mais sobressaia era a falta de condições de descanso, alimentação e sobretudo higiene.
Foi sem dúvida um teste à capacidade e resistência física e psíquica dos cerca de 550 participantes desta edição do Milenio Titan Desert, e em que cerca de 20% não conseguiu concluir este desafio.
Quando aceitei o convite dos meus amigos que estavam a formar o projecto MEO TEAM, nomeadamente o Paulo Quintans que já tinha participado nas duas edições anteriores do Titan Desert, preparei-me psicológica e fisicamente para a dureza de uma prova desportiva no deserto e tudo o que isso implica. O Paulo já nos tinha dado bastante informação para que fizéssemos essa preparação da melhor forma. Mas o que nós não esperávamos, nem o Paulo e os outros portugueses da comitiva que já tinham participado em edições anteriores, é que as condições desta prova pioraram significativamente este ano, sobretudo porque a organização não acompanhou o aumento significativo do número de participantes. Faltaram condições básicas, não só aos atletas, como a todo o staff que acompanhou as equipas. As instalações sanitárias eram em quantidade muito insuficiente, assim como a água para a higiene pessoal.
Havia filas de espera para tudo. Os ciclistas que chegavam um pouco mais tarde das etapas, tinham que esperar horas para conseguirem tomar banho, porque só havia 15 duches para mais de 700 pessoas. A água faltava muitas vezes, ao ponto de alguns desistirem de tomar banho. Os sanitários ainda eram em menor número. Isto obrigou a que muitos optassem por fazer as suas necessidades em redor do acampamento. Alguns faziam-no tão próximo que o cheiro chegava às tendas onde dormíamos. Eu, depois de uma ou duas vezes ter deparado com cenários nojentos nos cubículos sanitários, optei por pegar na minha bicicleta todos os dias de manhã antes do inicio da etapa, e pedalar para longe do acampamento para fazer as minhas necessidades de uma forma mais privada e até mais higiénica.
A comida para além de ser pouco variada, era de fraca qualidade de confecção e sobretudo de higiene. Passámos as duas refeições principais a que tivemos direito diariamente, durante os 6 dias de competição, a comer: massa demasiado cozida, pão, arroz, atum, lentilhas, tomate e frango cozido. Tudo isto confeccionado sem sal. Em 2 ou 3 jantares ainda tivemos direito a uma carne adocicada (que não cheguei a descobrir que animal era aquele) em que umas vezes veio em forma de almôndegas e outras em pedaços cozidos com osso e gordura.
O pequeno-almoço, que deveria ser a refeição mais reforçada e equilibrada, era ainda mais fraco: café, leite, sumo de laranja (alguns dia já azedo), pão duro de dias torrado no dia anterior, cereais tipo “cornflakes” e “chocapic” do mais rasco que existe e carregado de açúcares baratos, manteiga e compota de morango e pêssego. Tudo isto bem acompanhado de pó, moscas e calor. Não é de estranhar que uma grande percentagem dos participantes tivesse sofrido de problemas intestinais e gástricos. Felizmente e muito graças á suplementação todos estes problemas de saúde passaram ao lado de toda a MEO TEAM.
Após cortarmos a meta de cada etapa, tínhamos direito a 1,5litro de água, que tinha que dar para o resto do dia. Mas como é óbvio, não chegava! As próprias bebidas das refeições tinham que ser pagas. Uma Coca-cola ou uma cerveja custava 4 euros e cada 1,5 litro de água extra custava-nos 3 euros. Tudo servia de negócio para encher os bolsos da organização. O acesso á Internet custava 20 Euros por cada 30 minutos, quando funcionava!
As tendas onde dormíamos eram de 3 pessoas. Fiquei sempre com os meus colegas Marco Chagas e Celina Carpinteiro. A organização dizia que cada tenda teria 5 por 3 metros, o que não seria mau, se fosse verdade! Mas tínhamos espaço para colocar os nossos sacos, estes dormitórios eram construídos de mantas, inclusive o telhado. Quando chovia a água caía em cima das nossas camas, tínhamos que nos tapar com cobertores, e o cheiro destas mantas (ou tapetes) era desagradável. Cheirava a camelo. Aliás, os lençóis e mantas das nossas camas estavam repletos de pêlos curtos, não sabíamos se eram de camelo ou se tinham sido usados em dias anteriores por outros participantes. Uma coisa é certa, não eram lavados.
Uma das avenidas do nosso acampamento |
Como se isto já não tornasse difícil o nosso dia-a-dia e rendimento em cima da bicicleta, o dia que tivemos que viajar de barco até Espanha foi ainda mais duro!
Depois de termos terminado a quinta etapa, começou todo o processo de viagem para Alba (Espanha), local onde se iria dar o inicio da última etapa. Começámos por tomar banho num complexo marroquino em que tinha apenas 8 duches. A maioria não conseguiu sequer tomar banho decentemente. Até as mangueiras que se encontravam a regar os jardins do complexo serviram para alguns atletas. Eu felizmente como era sempre dos primeiros a chegar aos acampamentos nunca tive problemas para tomar banho. Depois foi a vez de encaixotar as bikes para depois entraram nos camiões que as iriam transportar até Alba. As bikes foram tal e qual como terminaram a etapa, nem limpas em afinadas. Em seguida veio o almoço no complexo, para não variar, massa, atum e tomate. E por fim, massagem. Por volta das 15h os autocarros que nos iriam transportar até Mellila, onde nos aguardava o barco, começaram a sair. Depois de cerca de 1h30 de viagem cheguei a Mellila (Marrocos) por volta das 17h. Depois de mais umas filas e de andar a carregar o saco de um lado para o outro, cheguei àquele que iria ser o meu dormitório na próxima noite. Era um cubículo com 2 beliches para 4 pessoas. Mal dava para colocar os sacos. E o calor era insuportável. Mais uma vez os meus colegas foram o Marco e a Celina. O jantar no barco estava marcado para as 19h. Por volta das 19h30 quando me dirigi ao restaurante do barco, assustei-me! Havia uma fila enorme para entrar dentro do mesmo. Dei meia volta, porque não iria estar menos que uma hora para conseguir jantar. Às 20h30 regressei de novo ao restaurante, e a fila estava exactamente do mesmo tamanho. Não me restou outra alternativa senão esperar! Cerca de 45 minutos depois, entrei no restaurante. Apanhei um tabuleiro e fiquei espantado quando vi a comida. Um arroz que mais parecia massa consistente, um bocado de atum, um pedaço de pão duro e uma minúscula porção de frango cozido. Mais um bolo e uma sopa instantânea. E não se podia repetir! O arroz, não o consegui comer e a sopa não inspirava confiança. Restou-me colocar o atum dentro do pão e depois comer o bolo. E foi isto o meu jantar.
A especialidade da "casa": Arroz cimento frio. |
Depois de assistir ao briefing, que só terminou à meia-noite, fui-me deitar. Tivemos que deixar a porta da camarata aberta por causa do calor.
Passadas cerca de 5 horas, o despertador tocou. Parecia que tinha acabado de me deitar! O pequeno-almoço era das 5h30 às 7h00. E a saída do barco seria às 7h30. Às 6h30 dirigi-me ao refeitório, depois de mais 20 minutos de fila de espera tinha á minha frente um tabuleiro com 3 tostas de pacote, 1 pacote de manteiga, 1 de compota e 1 café. E não se podia repetir! Também podia ter comigo uma taça de cereais rascos com sabor a amendoim. Mas dispensei.
E foi este o pequeno-almoço para fazer uma etapa de BTT com 115km e cerca de 2500 de acumulado, dali a 4 horas.
Em seguida equipámo-nos e carregámos os sacos, cerca de 1km até aos autocarros que nos iriam transportar até Alba. Após uma hora e vinte de viagem, chegámos a Alba. Faltavam duas horas para o inicio da última etapa. Junto à partida havia alguma comida para os atletas (bananas, pão e alguns bolos secos). Com o stress da troca da suspensão (irei contar esta história mais tarde) comi apenas uma banana. A primeira coisa a fazer quando chegámos a Alba foi procurar a caixa com a nossa bicicleta e montá-la.
Com 5 horas de sono dormidas num cubículo que mais parecia um forno, e sem termos ingerido qualquer alimento decente nas últimas 20 horas, às 11h de Sábado, partimos para a última e mais dura etapa do Milénio Titan Desert 2011.
Na última crónica que escrevi quando já estávamos em viagem para Marrocos, defini como objectivo principal no que respeita a resultado desportivo, lutar pela vitória na categoria master. E como disse também, mesmo sem saber quem seriam os meus principais adversários. Tinha consciência da minha forma física, fruto da dura e intensa preparação que realizei durante 3 meses. Faltava saber quem seriam os principais adversários e em que condição física se apresentariam nesta prova. Como segundo objectivo, apontei também um lugar no top-ten na classificação geral.
Quando chegámos ao hotel onde iria começar a primeira etapa e onde estavam instalados cerca de metade dos participantes, comecei a cruzar com caras conhecidas do pelotão internacional do ciclismo de estrada. Alguns deles já os tinha visto na lista de inscritos, nomeadamente Oscar Pereiro, Roberto Heras, Euleutério Anguita e Melcior Mauri. Este último seria para mim um dos principais adversários à luta pela vitória em masters. Aliás, o Mauri já tinha ganho uma edição do Titan Desert. Mas também me cruzei com ilustre do ciclismo mundial, e que não sabia que iria estar presente: Manuel Beltrán (40 anos), mais conhecido por Triki. Um grande trepador, que foi pedra fundamental nas vitórias de Tony Rominger, Miguel Endurain e de Lance Armstrong no Tour de France. Em 2008 terminou a sua carreira na equipa Liquigás, devido a um teste positivo de EPO.
Em conversa com Triki, disse-me que estava ali só para desfrutar da prova e que não tinha treinado muito, mas como esta é sempre a lengalenga dos ciclistas, fiquei na expectativa e passei a contar com mais um nome de peso para lutar pela vitória na categoria Master. Mais tarde fiz uma pesquisa na net, e descrobri que o Triki tem participado em provas de BTT em Espanha e inclusive tinha ganho a última em que participou.
Logo na primeira etapa todas as minhas dúvidas acerca dos meus adversários ficaram esclarecidas. Triki foi o terceiro da etapa, atrás de Roberto Heras e de Milton Ramos. Eu apanhei 29 minutos de Triki e Melcior Mauri foi apenas 73º a mais de 30 minutos de mim. Concluí também que afinal a minha fasquia talvez tivesse sido colocada demasiado alta, face ao andamento do grupo da frente. Mas esta primeira etapa, para além de ter sido das mais duras desta edição do Titan, tive demasiados problemas que prejudicaram a minha prestação.
Após ter feito o troço das dunas no grupo da frente, grupo este composto por não mais que uma dezena de atletas, os problemas começaram. Entre o quilómetro 10 e 15, uma queda com mais 3 atletas do grupo. Bastou um desequilíbrio em cima da areia de um elemento do grupo para atirar comigo e mais dois para o chão, tipo peças de dominó. Depois desta queda demorei uns 15 minutos a conseguir chegar de novo ao grupo dianteiro. Depois comecei a notar a frente da minha Cannondale cada vez mais baixa. Começava a escorregar no selim e sentia cada vez mais as irregularidades do chão. Esta etapa tinha bastante pedra solta. Descobri que a minha suspensão tinha perdido todo o ar, e estava completamente em baixo! Como se não bastasse, uma correia do meu camelbak (mochila de água que levava ás costas), desprendeu-se! Se eu parasse para prender a correia nunca mais apanhava o grupo. Este rolava a mais de 30km/h…com vento de frente! Eu já ia no limite na roda do grupo, as minhas costas doíam cada vez mais, assim como os meus pulsos e braços. Nesse dia também estavam mais de 35ºC e a ameaça de cãibras era cada vez mais evidente. Tentei por várias vezes dar um nó na correia em andamento, mas não estava a conseguir. Enquanto isso, tinha que ir segurando o camelbak pelo tubo da água. Cheguei a um ponto que já não aguentava mais a ginástica que estava a fazer para segurar o camelbak. Tive mesmo que parar um minuto para prender o camelbak. Este minuto foi o suficiente para não mais apanhar o grupo. A partir do momento que perdi o comboio da frente, o desgaste de pedalar sozinho contra o vento foi aumentando. Já perto do final da etapa acabei por ser alcançado por um segundo grupo. Mesmo sentindo bastantes cãibras, aguentei até ao final o ritmo deste grupo. Consegui nesta etapa um 14º lugar e fui o 4º Master. Esta primeira etapa causou-me um desgaste enorme.
Neste dia pensei muitas vezes o que estava ali a fazer e qual a necessidade de tanto sofrimento. Tanto treino nestes últimos meses para conseguir apenas um 4º lugar em Master logo na primeira etapa, e já a quase meia hora do primeiro!
Aqui, já com a suspensão "em baixo". |
Como se não bastasse a minha Lefty estava avariada. Pelos vistos já veio assim de Portugal. Nesse dia o Hilário, nosso mecânico, também me disse que tinha os rolamentos da roda da frente gripados, e que com muita sorte eles aguentariam até final do Titan. Nesse dia valeu-me a ajuda de um grande especialista em suspensões: Rui Silva da Barbo Racing. Com as poucas ferramentas que tinha disponíveis, conseguiu colocar a Lefty de novo operacional para a segunda etapa.
Para além das pernas, as minhas costas, mãos, pulsos e braços estavam um farrapo. A Ana da Fisiotorres teve muito trabalhinho para me recuperar para a segunda etapa.
Para além das pernas, as minhas costas, mãos, pulsos e braços estavam um farrapo. A Ana da Fisiotorres teve muito trabalhinho para me recuperar para a segunda etapa.
Depois da minha prestação nesta primeira etapa, teria que decidir se deveria redefinir os meus objectivos para esta prova.
(continua)
Acabei de ler e... BOLAS! Que dureza! Física, psicologicamente e emocionalmente. És muito forte não só fisicamente, porque deste a volta por cima a uma 1ª etapa que podia ter acabado com muitos! Parabéns!
ResponderEliminarSérgio
Daaa-sssseeeeeeeeeeeeeeee
ResponderEliminarAgora que leio isto, penso naquela noite que dormi em marrocos, no meio de uma tenda... Por acaso suei que nem um cavalo... Por acaso tava calor. Por acaso tive que dormir com a porta aberta. Chover não choveu! mas o pequeno almoço era bom assim como a comidinha...
Boas!!!
ResponderEliminarDesde já aproveito para te felicitar, pois pelos vistos as voltas e os travesseiros antes de Marrocos fizeram efeito :-)... 1º master e 11º na geral, não é perâ doce para uma pessoa que deixou o ciclismo profissional e apenas pratica btt pelo lazer e companheirismo...
não acompanhei as ultimas etapas porque estou sem internet desde dia 13 e só hoje a recuperei... mas já li que tiveste problemas bem maiores e também coseguiste dar a volta por cima!!!
Muitos Parabéns e aguardo mais novidades...
Agora aproveita o tempo com a famiia...
Abraço
arrepiante! muito obrigado, campeão! Ficamos ansiosos pela 2ª parte!
ResponderEliminarlol grandas meninos! falta de condições de higiene?! faz-te homem! vai a marrocos sem ires para os hoteis de 5 estrelas e habitua-te!
ResponderEliminarai q as mantas n eram lavadas! LOL eram feitas de pelo de camelo!! toda a gente dorme nessas tendas! os pelos sao os que vão caindo..e etc. wow.
é engraçado ver que os atletas de topo estao muitas vezes apenas habituados a condições de luxo, comida toda pipi, hoteis ou tendas xpto. problemas intestinais, pq so estao habituados no seu dia a dia a beber agua do luso e comida toda plastificada e cheia de merdas.
qq zé betetista ali do monte fazia isso a brincar. até fez que 2 amigos meus fizeram e não tiveram qq tipo de queixas desse genero. tem piada.
mas parabens pelo desafio! mas não é preciso tanta meninisse sinceramente!
Caro Ricardo, pelo vistos é mesmo um homem de barba rija. Valentão! Eu estive em Marrocos e não foi em hotéis de 5 estrelas.
ResponderEliminarÉ verdade, qualquer Zé Betetista fazia aquilo a BRINCAR, as etapas nem era assim tão duras. Eu se tivesse ido para lá também para BRINCAR, teria feito aquilo com uma perna às costas e nem reclamava; isto se não tivessemos pago à organização uma inscrição de 1.700 Euros, que supostamente deveria ser suficiente para termos condições minimas, à semelhança de outras provas deste género.
O Ricardo já que é um valentão, deveria participar numa prova de ciclismo de duas ou três semanas, com todos os "luxos" a que os atletas de topo estão habituados. E eu gostava de ver se não vinha para casa após 3-4 dias de prova.
Há gente muito valente por aí, são os chamados "puros lusitanus". Sinceramente!
:)
ResponderEliminarToda a gente sabe que com marroquinos é preciso negociar, isso bem esgalhado tinha ficado a 300 euros!
Vitor consigo não discuto a dureza da estrada, nunca irei fazer 10% do que fez, acredite, mas também não queria! :) gosto de tirar semanas para viajar de bicicleta, nas calmas, tirar fotos, falar com os locais, pernoitar em casa deles, como já aconteceu em várias viagens de bicla em marrocos, para não ter que ficar em tendas com pelos de camelo feitas propositadamente pq uns ocidentais querem ir pedalar pro deserto lol. ja fiz o trajecto do titan desert à 3 anos, mas por minha conta, acredite que se diverte mais, e larga 1/3 do preço.
De qq das formas é um exagero a forma como se pronunciou, as culturas são diferentes e os países também. você é que decidiu ir pra marrocos porque é exótico e tal e o deserto e coiso..queria o que? ter as condições que tem na europa que nem os marroquinos têm?! Õ que você fala da comida rasca nem os marroquinos têm acesso nas aldeias pelas quais passou! tenha vergonha! têm comida aí q eles proprios nunca viram, que vem de cidades longinquas q muitos não têm acesso.
Acho piada a estas maratonas que depois se dizem solidárias, quando metem gajos com biclas de 5 mil euros a passar em aldeias que uma bicla dava para uma familia viver a vida inteira. tal como a maraton du sable, uns parvalhoes duns ocidentais a correr pelo deserto fora, querem adrenalina, comprem packs aventura, saltem de parapente da arrabida!
Está em Marrocos homem! e no Deserto! abra os olhos! queria também água quente de chuveiro? só o atentado ambiental q é ter os jipes e helicopteros a acompanhar a prova, fora todo o lixo q se produz e vai ficar pelo deserto. pensa que está aonde?
Faça o transrockies, e cape epics ou o transalp e terá todas as mordomias. Esteve num país fantástico que é Marrocos, e não soube aproveitar, conheceu algum marroquino sem ser os que lhe queriAm impingir coca colas a 5 euros? entrou em casa de alguma familia a seu convite para sentir o q é hospitalidade? provou comida caseira feita por eles? conheceu algo da cultura marroquina sem ser a kasbah de taourirt? fez amizades com locais? nã..andou atrás de gajos com biclas de 5 mil euros, numa corrida contra o tempo, viu paisagens já agr? ou só o rabo do gajo à frente para cortar o vento?
as provas de ciclismo deixo para si, não quero desistir ao 3º dia! Há coisas que valem bem mais q isso...aquelas simples da vida além dos conometros e das posições.
mas atenção, não é nada contra sí, admiro-o bastante como ciclista e agora como betetista, mas há que ter bom senso, por mim fica por aqui, pode apagar os comentários.
ResponderEliminarCumprimentos!
Eu nunca lá estive e se calhar nunca lá vou estar.
ResponderEliminarAgora se eu paga-se 1700€ (aos espanhóis...) e se também sentisse falta de condições apesar de saber para onde se vai..
Não ia ficar nada contente...
E parece-me que para além de ajudar uma causa solidária, estas pessoas foram lá para competir e não para passar férias... digo eu.
Mas como disse, nunca lá tive e se calhar nunca vou estar.
Sérgio
Sr Vitor, isto não interessa a ninguem.. já tá!
ResponderEliminarse quiserem ir a marrocos a sério, aconselho os trilhos salama! espectacular!!!
Sr Vitor, domingo veja lá se vai mais devagar a acompanhar os do meio do pelotão